domingo, 14 de outubro de 2007

Luciano, sinceramente, vá tomar bonito..

Sério, pudemos ler, ver e reler nos jornais, canais de tevê, sites e blogs, o caso “pensamentos quase póstumos” de Luciano Huck. Só para relembrar: Luciano, apresentador da Rede Globo de Televisão, teve o seu mimo, um relógio Rolex de 38 mil dólares, recém ganho de aniversário de sua digníssima, roubado semana passada no “Jardins”, um bairro nobre de São Paulo.

“... Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio. Por quê? Por causa de um relógio...”

Esse é um trecho da carta enviada pelo apresentador ao caderno de opiniões da Folha de São Paulo, onde questiona a falta de segurança nacional, a corrupção na polícia e na política.

“... corruptos notórios e comprovados mantendo-se no governo. Nem Bogotá é mais aqui. Onde estão os projetos? Onde estão as políticas públicas de segurança? Onde está a polícia? Quem compra as centenas de relógios roubados? Onde vende? Não acredito que a polícia não saiba. Finge não saber ... hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo. E, se você ainda não tem um assalto para chamar de seu, não se preocupe: a sua hora vai chegar. Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio. Isso não está certo...”

Tudo isso já bastaria para mandarmos nosso querido apresentador tomar naquele lugar bem bonito. Sejamos francos: precisou ele ter o relógio assaltado para enxergar tudo isso? Quantos de nós já fomos assaltados, quantos perdemos pessoas queridas pela violência, seja de São Paulo, Rio de Janeiro ou de Fortaleza? Quantas já são viúvas, quantos já são órfãos?

Agora, se teve uma coisa que me deixou indignado foi a “armação” feita por ele e pela produção do “Caldeirão do Huck” no quadro “Latinha Velha”, especial Dia das Crianças. Depois do bafafá gerado por sua carta-desabafo (ao bom estilo Jerry Maguire), Luciano se viu bombardeado por mensagens que o criticavam de maneira bem contundente.

O que fazer para mudar esse quadro? Simples, basta encaixar um bando de “meninas da favela”, da Companhia Livre de Dança da Rocinha, para dançar no programa. Uma maneira no mínimo baixa de tentar reverter o problema criado por suas declarações.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny